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17/01/2024 – Tempo de leitura: 5min
Encerrando o ano de 2023 novamente como um dos mais importantes exportadores de rochas ornamentais do mundo, o Brasil obteve resultados que nos levou à segunda retração consecutiva das exportações. Só para ilustrar, o faturamento com o envio de material para o exterior foi 13,4% menor do que no ano de 2022. Além disso, em termos de volume exportado, em peso, o resultado foi 13,1% abaixo. No total, o país exportou US$ 1,1 bilhão, para um volume de 1,8 milhão de toneladas. O preço médio das rochas se manteve praticamente estável, caindo 0,32%.
Ainda que já tenhamos dois anos seguidos de queda nas exportações, a barreira de US$ 1 bilhão foi novamente quebrada, numa sinalização positiva de que, numa possível recuperação em 2024, essa já é uma meta que ficou para trás. É uma forma de ver o copo meio cheio, uma vez que, se comparado com o ano de 2021, tivemos uma perda de mais de US$ 220 milhões. Só para evidenciar o peso dessa informação, isso é mais do que 60% de toda a exportação de rochas da Grécia em 2022, por exemplo (que foi de US$ 345mi).
O ano de 2023 foi turbulento, influenciado por instabilidades da economia americana; inflação global e as altas taxas de juros dos países para conter a sangria; desaceleração de economias importantes e do PIB mundial; inseguranças na Europa pela guerra na Ucrânia e o conflito entre Israel e o Hamas, este já em outubro; o baixo consumo interno da China, entre outros.
As tensões geopolíticas persistentes, especialmente entre China e EUA influenciam mercados. Isso pode ser, entretanto, bom para o Brasil.
Gráfico 01. Evolução das exportações nos anos de 2022 e 2023 (US$).
O valor de um bilhão de dólares em exportações trata-se apenas de um referencial. Em 2022, atingimos este montante no mês de setembro. Em 2023 esse valor foi atingido somente em novembro.
Gráfico 02. Acumulado das exportações de rochas ornamentais nos anos de 2022 e 2023 (US$).
De 2022 para 2023 não houve troca de posições entre os 5 principais destinos das rochas brasileiras:
Tabela 01. Principais destinos das exportações brasileiras em 2023.
Figura 01. Destinos das exportações brasileiras em 2023. O tamanho da bolha é proporcional à exportação para o país indicado.
Os resultados das exportações para os principais destinos se comportaram de maneira heterogênea na comparação com o ano de 2022:
Tabela 02. Variação das exportações dos seis principais destinos.
Evidenciou-se uma queda mais acentuada nos produtos processados, cujas NCM’s iniciam com os algarismos 68. O produtos iniciados com os algarismos 25 são classificados como rochas brutas:
Tabela 03. Variação das exportações dos principais produtos (NCM’s).
Gráfico 03. Produtos (NCM) exportados pelo Brasil em 2023 (US$).
Entre os estados, nenhuma surpresa. Os cinco principais estados exportadores se mantiveram na mesma ordem em relação ao ano de 2022. O Espírito Santo conservou a ampla vantagem nos números, exportando 82,24% do total brasileiro. Minas Gerais ficou em segundo, com 10,09%, em terceiro o Ceará, com 3,14%, e Bahia em quarto lugar, com 1,50%:
Tabela 04. Valor e variação das exportações dos principais estados exportadores em relação à 2022.
Gráfico 04. Comparativo das exportações dos oito principais estados em 2023 (US$).
Se consideramos o processamento das rochas, as processadas tiveram um desempenho pior do que as brutas. Os materiais acabados e semi-acabados recuaram 14,6%, contra 9,1% das rochas brutas:
Para consultar mais informações das exportações brasileiras e do comércio internacional das rochas ornamentais, consulte nossa página de estatísticas de mercado: www.aproveprojetos.com.br/dados.